taz Escreveu:Tubarão, clássico! Não sei quais vozes seriam mais adequadas, mans, eu já assisti o Antônio Patiño dublando o Robert Shaw em Man for all seasons. e olha que o Patiño é o meu dublador favorito, e não acho que combinou tanto quanto o Antônio Moreno. Aliás dos que eu já vi Patiño, Darcy Pedrosa e Arakén Saldanha, o Moreno foi o que ficou melhor, não é fácil competir com esse time aí, mas acho que o Moreno captou melhor essência do ator. Se a dublagem tivesse sido realizada bem no início da década de 1980 certamente o Moreno poderia dublar o Robert Shaw, porque ele fez Gallactica naquela época, e dublou o próprio R. Shaw em Robin & Marian. Já vi o Simões e o Hamilton Ricardo também dublando o R. Shaw, mas sobre eles eu prefiro não comentar.Obrigado pelo comentário. ^^)
Em relação ao Roy Scheider, não vi com o André Filho ainda, pra poder avaliar, mas tenho certeza que ficou muito foda. O Campanile é legal, mas eu gostei muito mesmo do Roberto Macedo, mas o mais adequado que eu acho é o Élcio Romar. Eu não tenho certeza, mas a voz do Roy Scheider parece ser bem semelhante à do Romar. Quero ressaltar que não estou reclamando das tuas escalas, eu achei o teu elenco muito bom, e coerente, você só escalou fera nessa dublagem e se fosse realidade tenho certeza que seria muito foda. Só achei conveniente o momento para ressaltar essas questões.
Sobre o Robert Shaw: Antônio Moreno foi o que eu mais curti no ator, mas não acho que o Patiño deveria algo à ele. Acho muito difícil imaginar o Darcy Pedrosa nesse papel. Ele tinha um vozeirão inconfundível que combinava com interpretações mais sutis e classudas, ele devia ser o "ás" na manga de qualquer diretor, o cara que dublava os personagens mais cenicamente impactantes, mais intimidadores. Ele tinha uma coisa de sempre fazer notarem sua presença, mesmo em personagens de duas, três falas. Eu diria que o Patiño tinha isso também, mas ele era um pouco mais agressivo no estilo de performance. O Quint é um sujeito bonachão e malandro, simplesmente me parece que iria ficar desencaixado demais o Darcy Pedrosa nele. Agora, se o Moreno dublava no Rio ocasionalmente naquela época, seria minha primeira opção, apesar de que sempre fico desconfortável em escalar dubladores do RJ em elencos paulistas e dubladores de SP em elencos cariocas, até porque acima de tudo é um exercício de criatividade e memória, esse tipo de coisa acaba tirando parte da graça do negócio.
Sobre o Roy Scheider: No meu caso, eu nunca vi o Roberto Macedo fazendo ele, mas teorizo que tenha ficado legal. O Élcio Romar eu curti pra caramba nas redublagens dos dois primeiros filmes da série Tubarão, inclusive pra mim foi o ponto alto de ambas. Aliás, eu não achei que a redublagem do segundo filme tenha sido de todo o mau, mesmo porque o meu problema com a do primeiro filme é justamente as vozes do Robert Shaw e do Richard Dreyfuss, que não aparecem na sequência. O resto do elenco me parece aceitável. Claro que é bom frisar que eu prefiro mil vezes as dublagens originais. O André Filho dublou o Roy Scheider em Maratona da Morte, que tem também o Nelson Batista no Dustin Hoffman -- pra mim o Nelson é um dos dois melhores dubladores do ator --. O que me levou à deixar de escalar o Élcio Romar no fim acabou sendo o fato de que ele não era tão experiente naquela época e não tinha ainda o grave na voz que ficou tão bacana no Roy Scheider, apesar de que essa foi minha escolha no meu outro elenco -- o mais antigo -- deste mesmo filme.
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