Kevinkakaka Escreveu:Eu concordo que devia haver um esforço maior em neutralizar sotaque, mas em ambos os polos.
Não sei onde vocês acham a dublagem paulistana mais neutra, porque o que tem de "casameinto", "enteindo", omissão da partícula "se" (exemplo: Eu tenho uma amiga que CHAMA Paula) e erres carregados em dublagens feitas em São Paulo não está no gibi.
E Super, você citou como exemplo de "neutralidade" dubladores que não pronunciam o "S" de maneira chiada. Chiar o S não é um problema, até porque é assim que nossos colonizadores o pronunciavam e pronunciam até hoje. Acho que isso está mais pra um preconceito seu do que uma falha dos dubladores cariocas, hehe.
De fato essa questão de chiar o S é herança portuguesa, inclusive o sotaque carioca é o mais próximo do português falado há mais de 500 anos atrás. Não discordo dessa questão. Só que a língua mudou, e quando se fala em neutralidade da língua portuguesa no nosso país, também se deve pensar nos outros estados brasileiros. Falar o S sem chiado é comum em vários estados do Brasil.
E nenhum dos dois estados principais é perfeito nesse sentido de sotaque e neutralidade da língua. Mas quando eu penso nisso em São Paulo logo bem vem à cabeça dubladores como o Alexandre Marconato, o Márcio Araújo, a Luiza Viegas, a Vanessa Alves, o Pedro Alcântara e mais alguns que falam um português - à nível de Brasil contemporâneo - relativamente neutro. No RJ eu tenho mais dificuldade em pensar em dubladores que tentem fazer isso com o próprio sotaque.
Eu até consigo pensar no Marco Ribeiro, no Jorge Vasconcellos, na Mabel Cezar (que dubla nos dois estados), no Daniel Müller, e um pouquinho no Peterson Adriano. Fora também a Lhays e o Guilherme Lopes, mas esses nem cariocas são. Mas realmente não vêm outros à minha cabeça.
Se bem que, a origem da discussão do tópico não é essa. É bom a gente não desvirtuar muito.
Doki Escreveu:Também percebo isso, e as vezes fico meio incomodado com isso. Em Michele Giudice, Flora Paulita, Mariana Evangelista,entre outras isso é bem perceptível.
Nos mais novos isso é bem perceptível mesmo, embora existam veteranos que também falem desse jeito.