Kevinkakaka Escreveu:O problema de São Paulo é que tem poucas crianças e adolescentes no mercado comparado ao Rio. E grande parte são filhos ou sobrinhos de outros dubladores... Até hoje se escala mulheres pra dublar crianças com frequência.
Criança mesmo, tem relativamente um pouco menos que o RJ mesmo, mas adolescente ou adulto jovem com voz de adolescente (até uns 22 por aí) tem aos montes em São Paulo, aí eu não vejo como isso fica devendo ao RJ.
Mulher dublar criança não é um problema se a mulher tiver competência para tal, inclusive, como eu comentei em outra ocasião, dá uma segurança muito maior do que escalar uma criança se for uma produção de longa duração. Escalar um menino de 10 anos pra dublar um menino de 10 anos é ótimo em termos de realismo, mas se for um desenho ou anime por exemplo que vai ficar anos no ar, a voz do garoto vai amadurecer e não vai mais servir pro personagem que ele fazia.
Na verdade, o que me preocupa no RJ é justamente a falta de mulheres que dublam crianças. Não sei como será o futuro de Black Clover por exemplo, me atendo ao tópico, mas duvido que Luiz Felipe Mello, Enzo Dannemann, Arthur Salerno e cia terão as mesmas vozes infantis que tem hoje pra sempre. Se numa eventual futura temporada do anime lançada daqui a uns, sei lá, 5 anos, o Asta e o Yuno aparecerem crianças de novo, provavelmente não serão dublados pelo Enzo e pelo Luiz Felipe.
Depender somente de crianças pra dublar crianças na verdade é um problema ao meu ver, pois não há sequer garantia de consistência de voz em produções de longa duração, pelo menos as animadas no caso.
Só ver o caso do Trunks criança, que em São Paulo mesmo foi um exemplo disso. Diego Marques cresceu, não tinha prática de fazer voz de garotinho, aí em 2013 substituíram pelo Vinny Takahashi, que também deu uma engrossadinha na voz de lá pra cá, aí puseram o Daniel Figueira no Kai (esse sim tem alcance vocal pra dublar criança mesmo depois de crescido), mas pra evitar problemas, acabaram escalando a Marina Santana em Dragon Ball Super, e tá dando certo - e existe uma garantia de que a voz dela ainda vai caber no personagem por muitos anos, justamente pelo fato de ser mulher.
Kevinkakaka Escreveu:É mais difícil de achar. Só você olhar o elenco de Stranger Things. Não tem um filho de dublador ali. Se fosse dublado em SP muito provavelmente teria um "Hiram Baroli" no elenco.
Nunca vi o Hiram Baroli dublar fora da Dubrasil. Se fosse em São Paulo, provavelmente Stranger Things ia ter Renato Cavalcanti, Felipe Volpato, Murilo Merino, Pedro Volpato, talvez uma Marina Santana ou Mariana Zink da vida, entre outros, mas nenhum que eu saiba que seja filho de dublador.
Dublador mirim de "clã" em SP eu só sei do Hiram Baroli, da Bruna Quinto (esses dois eu só ouço na Dubrasil) e o Enzo Bezerra (filho do Wendel com a Angélica), mas de resto não conheço mais nenhum.
Da mesma forma que no Rio, tem o "clã" dos Cappelli/Coutinho, que com relação aos filhos mais novos já fez muita besteira antigamente - João Cappelli e Bernardo Coutinho mesmo eram dubladores horríveis há anos atrás, mas hoje até que eles melhoraram bastante.
Ou então, por que não falar de Re:Zero? Pedro Crispim protagonizando e Vitória Crispim pegando personagem importante, ambos no estúdio do tio deles.
Isso aí existe nos dois polos. Não vejo como culpabilizar um mais que o outro. Na verdade tenho visto até mais no Rio do que em São Paulo.
johnny-sasaki Escreveu:assisti Re Zero hoje e vi o Subaru soltando um TAFFAREEEEEEEL!
Não to conseguindo acompanhar Re:Zero dublado direito, mas acho legal uma liberdade dessas de vez em quando. Bom ver o quanto a dublagem brasileira se soltou de uns tempos pra cá.
Com exceção de Youjo Senki por motivos óbvios, todos esses animes da CR tiveram bastante liberdade na dublagem, como o Dazai dizendo "errrrrrou" em Bungou Stray Dogs.