(10-06-2025, 14:57 )Thiago. Escreveu: Como o Bomber já disse, o que tá pegando é o dublador do Chespirito ser justamente o mais fraco
Tem outras coisas ruins além dele nessa dublagem, algumas pontas horríveis aqui e ali, mas de fato, o cara se destaca negativamente.
Agora, saindo um pouco da discussão sobre a série do Chespirito em si, como eu falei antes e frisando, eu realmente acho que esse dado sobre Buenos Aires que eu trouxe no meu comentário anterior vale uma atenção especial. Ter mais de 6 estúdios ao mesmo tempo em Buenos Aires fazendo dublagens em português, enquanto falta trabalho no eixo e principalmente em São Paulo (e vários dubladores falam publicamente sobre isso hoje), é algo que talvez mereça uma discussão por parte dos dubladores e estúdios do estado, porque não é uma situação que aconteceu do nada e com certeza que não tem uma única razão específica para ter se tornado realidade. Buenos Aires certamente cobra menos do que SP e o eixo em geral hoje, mas a causa raiz dessa situação talvez seja mais complexa do que resumir a isso.
Só comparando, nenhum polo alternativo antes disso chegou a ter mais de 6 estúdios ao mesmo tempo fazendo dublagem, é o que mais me chama atenção. Pegar Miami nos anos 90 e 2000 não tinha nem 3 estúdios direito (BVI, Etecetera e Globecast, os três fecharam, e depois veio Kitchen e Cinergia), Curitiba na época da Netflix só teve 1 (e depois com o Anime Onegai também só teve outro 1), Belo Horizonte também teve 3 estúdios ativos (Doxa Way, Scriptus e mais um que não lembro o nome) no máximo naquela época que a HBO dublava lá.
O mercado em Buenos Aires especificamente parece estar mais aquecido do que o de qualquer outro polo alternativo já esteve antes, e no mesmo momento curiosamente, em que vários estúdios de São Paulo estão com pouco trabalho.
Não quero parecer exagerado, mas é uma situação surpreendente, até assustadora dependendo do ponto de vista. E acho que merece atenção.