Thiago. Escreveu:Se Chaves tivesse caído na Álamo ou na Herbert nos anos 80 a probabilidade de ter feito sucesso seria igual, não é desmerecendo a Maga, mas sejamos sinceros que a repetição ininterrupta do SBT ajudou a perpetuar ela.
Paseven Escreveu:kra, se não fosse a dublagem feita pela Maga e o excesso de repetições feitas pelo SBT seria somente mais uma série.
vários outros trabalhos do chesperito chegaram ao Brasil com outros dubladores e não fizeram sucesso, pq será?
no fim, o texto até pode ajudar, mas se a dublagem no geral for ruim será esquecida e geral vai se apegar somente na que fez sucesso.
Não vou dizer que a dublagem não ajude, mas querer colocar ela como o centro do produto é meio demais. Chaves tinha um texto próprio antes de vir, a série tem características, tem sua história, e a dublagem não é por si só maior do que isso, doa a quem doer.
Até concordo que existe dublagem que pode melhorar ou piorar uma produção, vide um filme trash como As Branquelas (que a dublagem melhorou, nos EUA é só mais um filme) ou Family Guy na Dublavídeo (que a dublagem piorou, a Dublavídeo mutilou o desenho na época que fez e essa é a verdade); mas no caso de Chaves, basta olhar o sucesso que o seriado é mundo afora. A dublagem ajuda na assimilação com o público brasileiro, mas não é tudo.
DavidDenis Escreveu:Quando dubladores do Rio e SP recebiam o mesmo valor (piso) reclamavam de BH e Curitiba que não seguiam o acordo e pagavam menos. Hoje o Rio de Janeiro paga (bem) menos que SP. E agora? O Rio está ilegal?
Sobre isso de haverem acordos ou não, não tem a ver exatamente com o assunto, mas tem um pouco, ainda mais também considerando todo o rolo da Rio Sound há umas semanas atrás. Acho que a dublagem paulista deu uma bola fora com esse aumento no piso local, tão discrepante em relação ao próprio RJ, e que dirá os outros polos país afora. Se bobear, só Miami/Los Angeles atualmente é mais caro do que dublar em São Paulo, e em virtude exclusiva da alta do dólar.
Eu entendo que a categoria queira se valorizar, é justo, mas quando você fica tão mais caro que a concorrência, é normal que se perca trabalho. Universal Cinergia mesma já saiu de SP e hoje concentra operações no Rio.
Tenho para mim que muitos desses trabalhos sendo feitos em Buenos Aires e outros lugares poderiam estar em estúdios de SP, se a hora paulista não estivesse a quase 200 reais, enquanto a carioca mesma fica próxima de 170. Pensando nas produções da Max mesmo, essa série do Chespirito, o anime Lazarus, entre outras coisas, quem sabe não estivessem na BKS, na Unidub, na Tempo Filmes, na Dubbing & Mix ou outros estúdios paulistas ao invés de estarem em Buenos Aires se o piso não estivesse tão mais caro que o do próprio RJ, e que dirá de outros lugares. Você pega uma produção com, sei lá, 35 dubladores e vários episódios, e esses 30 reais a mais na hora de cada um fazem sim uma baita diferença no preço final. E a impressão que fica é que isso causa perda de trabalho.