Moon Knight Escreveu:Realmente, eu estava pensando nisso hoje, demorou um pouco, mas estamos começando a sentir as consequências positivas dessa fase, acho que está trazendo uma dinâmica bem legal pro mercado.
Acho que depende. Uma coisa que acontecia com frequência nessa época (não sei se ainda está assim) era certos estúdios que dublavam pra Funimation / Crunchyroll, como Atma e The Kitchen (principalmente, o segundo) chamarem esse povo que começou a ganhar destaque com animes pra dublar apenas esse tipo de produção e quando chegava outro produto na casa que não fosse isso, já chamavam um elenco completamente diferente. Demorou pra essa "leva" começar a fazer coisas diferentes, alguns ainda nem conseguiram sair dos animes, inclusive.
Sei lá, eu não consigo ver essa diferença de casting entre live-actions dos dois estúdios e os animes que eles também fizeram. No caso do The Kitchen, você pega séries que foram dubladas na mesma época como Ragdoll, Bump, Morgana: A Detetive Genial, The Bay e outras, a gente vê sim um ou outro nome que não apareceu nos trabalhos da Funi, mas os elencos em geral não eram tão diferentes assim dos animes que o estúdio fez naquele momento.
Se tratando da Atma, eu acredito que fosse mais coisa do diretor responsável por escalar. Renan Alonso mesmo começou a chamar esse pessoal com alguma frequência, o Lucas Almeida também chamava no que dirigia e Haikyuu é um expoente claro disso, mas se pegar também os elencos escalados pelo Alex Minei, pela Rosângela Mello e até pelo Celso Henrique, a diferença não era tanta, só olhar Noragami, Mirai Nikki, Fuuto PI ou Appare-Ranman, e comparar com qualquer série para a HBO Max que o estúdio tenha feito. Até nos trabalhos do Lucas, ele dirigu um live-action chamado Players para a HBO Max, e mesmo sendo live-action, ele escalou as preferências dele que também estavam nos animes.
Além disso, uma parte desse elenco que começou a ganhar destaque naquele momento já engatinhava ou buscava mercado em outros trabalhos com outros estúdios. Eram nomes que já se podiam ser escutados na BKS, na Sigma, Maximal, Centauro, Marmac, Marshmallow entre outros lugares, ainda que em papeis menores quase sempre, mas estavam lá. Você pega vários games feitos na Maximal e na Audioman anos antes, e até a Saga Buu de Dragon Ball Kai (feita na Sigma anos antes da Funimation chegar), e as pontas e vozes adicionais tinham vários desses dubladores lá. Só que aí vieram os animes, e deram um holofote que esse pessoal até então não tinha.
Acho que mais profundo do que essa renovação em específico, num sentido de ser mesmo grave inicialmente, e de demorar mais até vermos efeitos positivos, foi antes quando Campinas começou a se integrar com SP capital. Demorou, mas já há alguns anos a gente vê nomes da dublagem campineira dirigindo em estúdios grandes de SP, como o Rafael Quelle e a Carla Martelli, que dirigem na Centauro, na Vox Mundi e na Keywords.