LFelipeDVT Escreveu:Na minha opinião, o surgimento e crescimento do polo de Campinas foi uma das melhores coisas que aconteceram na dublagem nos últimos anos. Sei que no início houveram muitas polêmicas, muitas delas relacionadas a direitos trabalhistas, mas não dá pra negar que Campinas revelou muitos bons profissionais nesse tempo que hoje trabalham com frequência em estúdios do eixo, além de ter dado a oportunidade de alguns outros dubladores que eram subaproveitados em SP ganharem mais destaque e experiência.
Este é um ponto que falo desde que Campinas surgiu e não era permitido catalogar ele neste fórum, eu sempre disse que aqueles dubladores seriam absorvidos pelo mercado da capital, era algo lógico e esperado pela maioria deles morarem aqui e a maioria ser bom, apenas não eram experientes para pegar protagonistas. Tivemos pontos de ruptura importantes como La Casa de Papel e Rick e Morty, mas aos poucos eles conquistaram espaço até no Rio de Janeiro. E o mercado PRECISAVA disso. Era um mercado MUITO FECHADO, uma enorme panelinha, com vozes repetidas a exaustão e sem critérios, com diretores ajudando colegas que "precisavam trabalhar" e não pq era o melhor para aquele trabalho.
SuperBomber3000 Escreveu:Cara, sinceramente, acho que essa opinião não é impopular, mesmo. Principalmente hoje em dia.
Mas, quanto a Campinas, só fechando o raciocínio, o que diferencia lá de outros polos, é a proximidade com São Paulo. Muitos dubladores de lá mesmo fizeram cursos com dubladores de São Paulo ou até em SP mesmo (como a Unidub antiga, ou a Dubrasil). Além de diversos dubladores de SP capital que não tinham recebido tanto destaque ainda, mas que lá conseguiram (alguns não do jeito mais pacífico, infelizmente, como sabemos...). É algo que Curitiba, por exemplo, não tem.
Também não acho que essa opinião seja impopular também não.
Hoje os fãs de animê gostam destes profissionais que surgiram em Campinas e amam os animes da Atma e DuBrasil com eles, muitos preferindo muito mais estes trabalhos do que os da Som de Vera Cruz do Rio, que repete bem mais elenco. A variedade que estes profissionais trouxeram foi um diferencial para São Paulo conquistar mais fãs e ter mais trabalhos. Lembrando que Gota Mágica, ou mesmo os Tokusatsus da Álamo, sempre trabalharam com muitas vozes novas no mercado (iniciantes mesmo) por dois motivos: o primeiro é animê ser considerado um trabalho menor (e "desenho é mais fácil dublar") e segundo pq a Gota Mágica tinha má fama, primeiro que era um estúdio muito longe e que dava muito problema no pagamento.
Além da antiga Unidub (Unisom/Universidade da Dublagem) e da DuBrasil tem outra escola que deve ser levado em conta, ou melhor, escolas, todas as que a Raquel Elaine teve. Muitos dubladores de Campinas foram formados no Belas Artes/ Áudio Brasil/ ArtWay/ H2D. Além do Senac-SP, com o Figueira Junior e a Marcia Del Monaco ensinando muita gente. Aos poucos Campinas também foi tendo escolas locais na UP Voice.
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Coordenador geral das edições 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do Oscar da Dublagem - Prêmio Yamato, do Anime Friends.
Colaborador das edições 1 e 8.
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