Bruna Escreveu:Valeu, e que merda isso de destruírem as dublagens, pra que isso era feito?
Maldoxx Escreveu:Sobre esta infame política do Stoll, imagino que o motivo tenha sido evitar possíveis vazamentos ou roubos. Uma decisão estranha, se for o caso, mas só perguntando pra alguém que conviveu com ele ou o funcionário secreto para saber com certeza.
Kevinkakaka Escreveu:Eu não sei se isso já existia na época, mas rola de estúdio ter que apagar arquivos de dublagens, uma vez que elas foram finalizadas e entregues.
De toda forma, isso ser motivo de redublagem é estranho. O que acontecia, o cliente não tinha cópias e ia pra Álamo reaver?
Eu vou tentar explicar baseado no comentário que o Bisson deu à Sumára Louise no post (prefiro não copiar o comentário sem autorização do mesmo):
Antes de fundar a Álamo, o Michael Stoll também foi dono da Brascontinental, importadora/distribuidora de filmes e séries responsável pelo controle e conservação de, por exemplo, a série clássica de Jornada nas Estrelas feita na AIC.
Como ele tinha contrato com a Paramount e ITC, muitos desses trabalhos importados eram mandados para Odil Fono Brasil. Quando Stoll criou a Álamo, ele ainda tinha a Brascontinental. E logo tinha acesso ao material que ele mandava dublar na Odil Fono Brasil. Como deteve o contrato com a Paramount durante bastante tempo, e também tinha acesso às dublagens que o próprio mandava para a Odil Fono Brasil, ele destruiu os trabalhos feitos nessa casa para (e aqui a gente pode especular duas frentes):
1) Para desocupar espaço no prédio ou;
2) Para que todas as produções da Paramount dubladas na Odil, fossem redubladas no seu mais recém-criado estúdio (Álamo), com a finalidade de ganhar mais uma graninha com material que já havia sido dublado antes.
Aconteceu que, no início da década de 80, a Network (Viacom) assumiu a distribuição dos produtos Paramount no Brasil. E quando eles foram analisar, descobriu-se que não tinha nada antigo para ser exibido dublado na TV, porque o material não mais existia: já tinha virado poeira cósmica nas mãos de Michael Stoll.
Por causa disso, O Poderoso Chefão recebeu, quando estreou na Globo, uma redublagem feita na Herbert Richers. Se a dublagem da Álamo tivesse sido conservada pela Brascontinental, provavelmente teria sido esta versão exibida na estreia global.
E essa resposta que o Bisson deu à indagação da Sumára nesse post, foi algo que o Francisco José relatou em algum grupo que ele (Bisson) não lembra ao certo (se foi o d'A História da Dublagem mesmo, ou outro grupo da AIC).