Já que CDZ foi mencionado, lá vai: vejo a redublagem da Álamo como superestimada. Não digo isso em comparação com a da Gota Mágica, pois é anos-luz à frente em todos os aspectos, sejam eles artísticos, sejam eles técnicos. Digo isso analisando-a isoladamente mesmo. Os três motivos principais são:
- A manutenção das repetições de vozes em quase todos os personagens importantes (Carlos Silveira dublando Ichi, Spartan, Shaka e Krishna, Paulo Celestino dublando Jango, Ohko e Máscara da Morte, Marcelo Campos no Mu, no Misty e no Jabu, etc.). Uma decisão, ao meu ver, bastante equivocada, uma vez que àquela altura, o mercado paulista já possuía uma variedade maior de opções para os personagens.
- Na adaptação, manutenção de alguns termos sem sentido, como "mulher-cavaleiro". Se não me engano, a alegação do Del Greco foi justamente a de "nostalgia", o que não serve de maneira alguma de justificativa.
- Escalas que não deram certo, tais como a Paulo Porto no Aioros (mantida da dublagem original, equivocada desde aquela época. A voz do Paulo e a interpretação descaracterizam demais o personagem), Maralisi Tartarini na Shina (prefiro a Patrícia Scalvi, a voz da Maralisi sempre achei muito envelhecida para o papel), Luiz Carlos de Moraes no Mime (também mantida da original, caindo no mesmo problema da Shina), Antônio Moreno no Sorento (muito pesada para o personagem, consequentemente não transmite muito bem toda aquela elegância do Sorento, coisa que o Daoiz tinha captado muito bem).
Quanto ao motivo 3, um adendo: "e o Carlos Silveira no Shaka e o Gilberto Baroli no Saga e no Kanon, hein?". Nestes casos, as interpretações são perfeitas para os personagens, não os descaracterizam, não soam estranhas. Eu acho que são dois casos singulares, uma vez que realmente não consigo imaginar outra escolha de voz na época para ambos, pois essencialmente "remoldam" os personagens, deixando em segundo plano as questões vocais, que, de fato, não fazem sentido em uma análise mais literal (afinal, Saga tem 28 anos e o Shaka tem 20 anos). Tenho a mesma sensação com o Brêtas no Hyoga, não tinha e não tem como ser outro.
Em suma, a considero superestimada devido aos três motivos citados, e também porque já vi fãs tratando a redublagem como cristal, sendo perfeita em tudo (o que claramente não é). É uma afirmação tentadora em uma franquia em que a nostalgia é sagrada. Quem é fã sabe que os argumentos a favor da superioridade da dublagem da Gota Mágica inevitavelmente caem em pura nostalgia. Contudo, apesar da justificável tentação, é uma afirmação na minha opinião incorreta, ao se analisar com maior calma.
- A manutenção das repetições de vozes em quase todos os personagens importantes (Carlos Silveira dublando Ichi, Spartan, Shaka e Krishna, Paulo Celestino dublando Jango, Ohko e Máscara da Morte, Marcelo Campos no Mu, no Misty e no Jabu, etc.). Uma decisão, ao meu ver, bastante equivocada, uma vez que àquela altura, o mercado paulista já possuía uma variedade maior de opções para os personagens.
- Na adaptação, manutenção de alguns termos sem sentido, como "mulher-cavaleiro". Se não me engano, a alegação do Del Greco foi justamente a de "nostalgia", o que não serve de maneira alguma de justificativa.
- Escalas que não deram certo, tais como a Paulo Porto no Aioros (mantida da dublagem original, equivocada desde aquela época. A voz do Paulo e a interpretação descaracterizam demais o personagem), Maralisi Tartarini na Shina (prefiro a Patrícia Scalvi, a voz da Maralisi sempre achei muito envelhecida para o papel), Luiz Carlos de Moraes no Mime (também mantida da original, caindo no mesmo problema da Shina), Antônio Moreno no Sorento (muito pesada para o personagem, consequentemente não transmite muito bem toda aquela elegância do Sorento, coisa que o Daoiz tinha captado muito bem).
Quanto ao motivo 3, um adendo: "e o Carlos Silveira no Shaka e o Gilberto Baroli no Saga e no Kanon, hein?". Nestes casos, as interpretações são perfeitas para os personagens, não os descaracterizam, não soam estranhas. Eu acho que são dois casos singulares, uma vez que realmente não consigo imaginar outra escolha de voz na época para ambos, pois essencialmente "remoldam" os personagens, deixando em segundo plano as questões vocais, que, de fato, não fazem sentido em uma análise mais literal (afinal, Saga tem 28 anos e o Shaka tem 20 anos). Tenho a mesma sensação com o Brêtas no Hyoga, não tinha e não tem como ser outro.
Em suma, a considero superestimada devido aos três motivos citados, e também porque já vi fãs tratando a redublagem como cristal, sendo perfeita em tudo (o que claramente não é). É uma afirmação tentadora em uma franquia em que a nostalgia é sagrada. Quem é fã sabe que os argumentos a favor da superioridade da dublagem da Gota Mágica inevitavelmente caem em pura nostalgia. Contudo, apesar da justificável tentação, é uma afirmação na minha opinião incorreta, ao se analisar com maior calma.