taz Escreveu:Darcy Pedrosa é inegavelmente um fenômeno, mas no Christopher Lee e no Sean Connery, eu acho que foi um certo equívoco. Eu não escalaria, mas entendo que ele foi escolhido numa época em que tinha pouca gente compatível e o ator acabou indo pra ele. Não é que tenha ficado ruim, mas existem outros mais adequados.
Curiosamente o timbre que mais se aproxima ao do velho Lee aqui no Brasil na minha opinião é o do saudoso Allan Lima. Como nunca vi e nem sei se ele já fez o ator, não sei se adaptaria ao tom do C. Lee que é bem grave. É aí que entra o Jorgeh Ramos, que apesar de não ter um timbre que se aproxime tanto quanto o Allan Lima, mas tem um grave na voz que se aproxima muito do usado pelo Christopher Lee.
Concordo em relação ao que disse do Domício e do Patiño. Acho que o Campanile e o Turíbio Ruiz também foram boas opções.
Concordo em relação ao Sean Connery, sempre achei essa uma escalação bem duvidosa. Mas adorava o trabalho que o Darcy fazia no eterno Conde Drácula, talvez pela grande experiência que ele tinha em dublar vilões imponentes. E, embora possuíssem características vocais bastante distintas, Lee e Pedrosa compartilhavam de um grave poderoso que ajudava muito na composição dos personagens que costumavam "dividir".
Sobre o Allan Lima, nunca o imaginei dublando Sir Lee. Particularmente não vejo semelhança alguma entre seus timbres, mas agora que você falou, realmente acho que ele poderia ter se saído bem em alguns dos trabalhos mais antigos do Lee. O Allan tinha aquela espécie de pigarro na voz que lhe dava um ar bem maquiavélico e sinistro, e era perito em interpretar personagens secos, donos de um cinismo implacável.
Também gosto do trabalho do Campanille no ator, mas não posso opinar sobre o Turíbio Ruiz, cujo trabalho como dublador eu conheço muito pouco (lembro mais dele na televisão).