SuperBomber3000 Escreveu:Eu vou falar um negócio que muita gente pode não concordar, mas a Unidub foi um estúdio que não se beneficiou em nada desde que decidiu renovar o quadro de diretores aos poucos nos últimos 8, 7 anos. Outros estúdios se beneficiaram, mas a Unidub não e talvez tenha ido até na contramão.One Piece é um caso a parte, as maior parte dos problemas ocorreram por causo do purismo do Glauco em específico, que já era fã do anime. Fora Shaman King que foi bagunçado de fato, acho que você tá menosprezando demais os novos diretores. E superestimando os antigos também até certo ponto, não entendo como alguém que, convenhamos, tem uma mentalidade antiquada quando se trata de escalações e repete vozes direto dentro de uma mesma série (quando não é dentro da mesma produção) como o Wendel possa ser tão melhor do que um Pedro Alcântara da vida.
Até 2016, talvez 17 e estendendo um cadinho para 18, especialmente pela qualidade dos trabalhos, era possível enxergar a Unidub como "sucessora legítima" da Álamo junto à TV Group, mas hoje em dia eu não consigo ver isso mais, e muito em conta do quadro de direção que se estabeleceu de alguns anos para cá.
Tem outros diretores especialmente mais recentes (Henrique Canales, Patt Souza e mais alguns) que eu nem julgo já que entraram muito recentemente no estúdio, mas se pegar outros mais antigos que foram o princípio dessa renovação, como Glauco, Pedro, Gabi Milani e outros, com todo respeito, mas não consigo ver um saldo muito positivo na inclusão deles. O próprio One Piece que eu já comentei aqui foi um expoente dessa questão, as vezes imagino como teria sido se o anime tivesse sido redublado pela mesma Unidub, mas uns 4 ou 5 anos antes, lá em 2013/14, mas nas mãos da Úrsula, do Wellington Lima ou até do próprio Wendel. Iria ser outra história, e uma história bem melhor que a que de fato aconteceu com a série até então.
Até essa época, ali por 2016 + ou - eu conseguia dizer fácil que a Unidub era o melhor estúdio de São Paulo, mas hoje em dia eu não consigo.
Sobre essa história de ser sucessora da Álamo, isso é algo mais pessoal mas eu não quero uma nova Álamo. Eles pegavam uma caralhada de trabalho mas ousavam pouquíssimo nas escalações, orbitavam sempre ao redor dos mesmos nomes comprovados. Isso certificava um produto decente mas também levava a uma monotonia que pra mim é insuportável, e privava tantos outros profissionais de um maior destaque no mercado. Como você disse essa ideologia se reflete nos primeiros diretores da Unidub, mas eu não vejo isso de forma tão positiva.
Quando a barreira é muito espessa, a faca não passa.